Tempo de leitura Postado em 18 de fevereiro de 2022Atualizado em 03 de junho de 2023
Muito provavelmente você está, pelo menos, levemente familiarizado com o termo Síndrome de Burnout – principalmente nos tempos mais recentes de pandemia.
Não que a condição esteja ligada diretamente ao isolamento social, mas sem dúvidas os sintomas da Síndrome de Burnout vem ganhando espaço nessa realidade.
O motivo não é por acaso: com menos chances de válvulas de escape e uma mudança brusca em nossa rotina, o trabalho tem sido uma constante.
Você sente que está trabalhando muito mais do que o normal? Pois é! Isso pode colaborar muito para que os sintomas da Síndrome de Burnout apareçam.
O que é a síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout é desencadeada por altos níveis de estresse, geralmente associados à rotina de trabalho, em que as expectativas profissionais e a realidade não coincidem.
Quem sofre com os sintomas dessa síndrome frequentemente relata que o estresse é mais do que uma impaciência passageira. Ela está sempre acompanhada de alta tensão.
Tal tensão pode influenciar diretamente no comportamento do dia a dia e até mesmo no funcionamento do seu corpo – como poderemos ver mais a frente.
Interessante notar que os sintomas da Síndrome de Burnout costumam atingir pessoas que precisam estar envolvidas com outros indivíduos regularmente.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
Muitas pessoas costumam acreditar que os sintomas da Síndrome de Burnout estão totalmente ligados a elementos comportamentais.
A afirmação não está errada, porém, não é a resposta mais completa para este transtorno que vem atingindo tantas pessoas ao longo dos últimos anos.
Entre os sintomas da Síndrome de Burnout que podemos classificar como comportamentais, estão:
Mudanças bruscas de humor;
Altos graus de irritabilidade;
Agressividade no trato com outras pessoas;
Cansaço e exaustão.
O mais assustador entre os sintomas da Síndrome de Burnout é que o nível de tensão e stress são tão grandes que costumam provocar reações físicas em nosso corpo.
Entre os sintomas mais comuns, que geralmente acompanham os demais citados acima, estão:
Dor de cabeça;
Palpitação;
Dores do corpo (pescoço, ombros e lombar, principalmente);
Pressão alta;
Sono desregulado ou insônia;
Sudorese;
E até mesmo crises de asma.
Outros sintomas que costumam estar presentes naqueles que estão experimentando os sinais da Síndrome de Burnout, são:
Necessidade de isolamento;
Dificuldade em se concentrar;
Frequentes lapsos de memória;
Crises de ansiedade;
Depressão;
Pessimismo;
Desapego;
Cinismo;
Perda de prazer nas coisas que costumava amar;
Baixa autoestima.
Como identificar a Síndrome de Burnout?
Embora muitos sintomas da Síndrome de Burnout ajudem a identificar o transtorno, é importante salientar que apenas médicos podem chegar a uma sólida conclusão.
Ao sentir que essas mudanças desagradáveis estão batendo à porta, procure um profissional da saúde.
Idealmente, os melhores profissionais para detectar os sintomas da Síndrome de Burnout e dar um diagnóstico preciso são o Psicólogo e o Psiquiatra.
No entanto, sabemos que tais profissionais estão sendo especialmente muito procurados durante a pandemia, dificultando o agendamento de uma consulta.
E sabemos que esperar muito tempo por uma oportunidade de consulta pode piorar e muito os sentimentos envolvidos e os sintomas experimentados.
Se você sentir que não conseguirá aguentar e quiser ajuda o mais rápido possível, procure um clínico geral – que poderá lhe dar as primeiras orientações.
Contudo, voltamos a repetir: o profissional ideal para diagnosticar os sintomas da Síndrome de Burnout é o Psicólogo ou o Psiquiatra.
Assim que possível, procure por um dos profissionais para que ele(a) possa iniciar o tratamento com você.
Como é feito o tratamento para Burnout?
O tratamento contra os sintomas da Síndrome de Burnout pode envolver medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos, além de terapia e/ou acompanhamento psicológico.
Em paralelo, a pessoa que for diagnosticada com a Síndrome de Burnout, pode procurar outros profissionais, como o nutricionista.
Afinal, muitos dos sintomas citados no tópico anterior podem causar transtornos alimentares, levando a outros problemas de saúde.
Da mesma forma, é sempre válido procurar profissionais que ajudem no seu condicionamento físico, como um personal trainer.
A prática esportiva sempre vai ser benéfica para a saúde, independente de qualquer condição ou transtorno, mas é especialmente boa para quem sofre com Burnout.
A atividade física, acompanhada de refeições equilibradas, pode ajudar na autoestima, no funcionamento correto do corpo e na liberação de endorfinas.
Sem contar que as atividades físicas, mesmo a musculação ou uma longa caminhada, ajudam a dissipar o estresse e a ansiedade.
Recomendações para quem tem a Síndrome de Burnout
Além de procurar ajuda médica especializada assim que possível, é importante não ignorar o próprio corpo. Respeitá-lo está acima de qualquer prioridade.
Por falar em prioridade, é importante que o indivíduo procure separar tempo para si. Da mesma forma em que há horários para trabalhar, é importante encontrar tempo para:
Se alimentar corretamente e com calma;
Praticar exercícios físicos (pelo menos entre 30-45 minutos por dia);
Cuidar da própria higiene;
Dormir bem e pelo menos oito horas por noite;
Fazer seus acompanhamentos médicos.
Separe seus finais de semana e feriados para descansar ao máximo, ver filmes, brincar com os filhos, ler um livro e se distrair, desligando-se do trabalho sempre que der.
Quando a situação do mundo retornar ao normal, coloque a diversão na sua rotina, incluindo viagens, idas a restaurantes e visitas às pessoas queridas.
Também é importante procurar diminuir consideravelmente ou pausar o uso do álcool, cigarro e outras substâncias que são prejudiciais à saúde, incluindo o açúcar.
Essas válvulas de escape podem “dar um jeito” naquele momento, mas são substâncias altamente viciantes que podem causar dependência rapidamente.
Como prevenir a Síndrome de Burnout?
Os sintomas da Síndrome de Burnout podem ser prevenidos, mas se já estiverem aparecendo, não é uma boa ideia ignorar.
Se você está lendo esse texto, pois soube de alguém que está passando por isso, ou viu em algum lugar e ficou curioso, algumas ações positivas a adotar são:
Procurar viver de maneira leve;
Evitar envolvimento com estresse;
Ponderar sobre as situações antes de tomar atitudes;
Abrir o diálogo, pois geralmente resolve tudo;
Cuidar da saúde mental;
Praticar exercícios físicos regularmente;
Procurar distrações alternativas, como aprender um novo idioma ou tocar um instrumento;